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Entenda porque a alfabetização em Montessori é especial




Por: Milena Tutumi


Na metodologia Montessori, a alfabetização, o letramento e a linguagem são processos diferentes e bem definidos que oferecem um universo de habilidades e possibilidades às crianças. A alfabetização considera a individualidade da criança e a compreensão de todo o processo de aprendizagem. 


Muitas vezes, os adultos acreditam que, quanto mais cedo a criança for apresentada às letras, mais rápido e melhor será a sua alfabetização. Mas, na maioria das vezes, o que acontece é um aprendizado mecânico, de cópia e reprodução. Na metodologia Montessori, a alfabetização é especial porque a criança é convidada a entender o processo da escrita e leitura, analisando os sons, os significados, aprimorando a sua coordenação motora fina e o contexto do que está sendo produzido.


Letícia Cisotto, pedagoga, psicopedagoga e Diretora Pedagógica da Escola Montessori Somos Um, em Piracicaba, comenta que para um melhor entendimento é preciso diferenciar a linguagem da alfabetização: “A linguagem acontece desde o nascimento, ou melhor, até mesmo como o feto na barriga. Já a alfabetização, é todo um processo que culmina na leitura e escrita que vai muito além da codificação e decodificação das letras”, pontua. “Nesse caminhar, também levamos em consideração a interpretação da leitura, o período sensível, o interesse da criança e o amor por todo esse processo de comunicação”, acrescenta.


De acordo com o método, a linguagem envolve o enriquecimento do vocabulário e uma lógica de pensamento para a formação de frases para que a criança possa se comunicar. Ela passa pelo processo do entendimento de que tudo que existe tem um nome e que pode ser representado de alguma forma, seja por fotos, miniaturas e escrita.


Quando a criança está pronta para ser alfabetizada?

Para a pedagoga, geralmente, em uma sala Montessori isso acontece por volta dos três anos e meio, fase observada por Maria Montessori em que as crianças começam a se mostrar interessadas pelo tema.


Um ambiente preparado pelo olhar cuidadoso dos educadores, no qual a escrita e a leitura façam parte da rotina, que contenha textos que fazem sentido e sejam atrativos para as crianças também gera encantamento e aumenta a curiosidade.


O respeito à individualidade e ao ritmo de cada criança

Letícia aponta que entre quatro e cinco anos a criança tende a refinar a coordenação motora fina e os traçados com os dedos nas letras. Aos cinco anos e meio já conhece todas as letras, sons e consegue formar palavras com as letras móveis e então, inicia os traçados e escrita. Entretanto, vale ressaltar que essas fases são completamente variáveis: “Isso é um processo e algumas crianças alcançam a explosão da escrita antes e outras depois”.


Como falamos no início, nem sempre aprender a ler e a escrever muito cedo pode ser benéfico. A Diretora da Somos Um sinaliza que uma introdução muito precoce às letras, pode podar certas habilidades da criança, como o poder de análise interpretativa, a espontaneidade e a criatividade.


Vamos “trabalhar” a alfabetização em casa?

Alguns exercícios e brincadeiras podem apoiar a evolução da criança durante o processo de introdução às letras. Letícia recomenda brincadeiras que identifiquem os sons, com perguntas simples: “Essa palavra começa com qual som?”, “Qual outra palavra começa com esse som?” ou “Agora vamos desenhar essa letra”. Para isso, pode ser utilizado um pote com areia ou farinha.


Ler histórias, poesias, poemas, trava-línguas também é muito enriquecedor. A Diretora, que também é mãe do Guilherme, de 5 anos, indica um livro que eles adoram ler juntos e que tem tudo a ver com a fase de alfabetização:




A vivência de uma família na Escola Somos Um

“Victor, 6 anos, foi um dos primeiros alunos da Escola Somos Um, quando ainda estava localizada em outra região. Até os três anos, ele frequentava uma escola mais tradicional, mas não estávamos à vontade com a metodologia, começamos a sentir que não estavam utilizando todo o seu potencial e que ele estava sendo bloqueado de certa forma. Partimos então em busca de uma outra solução e encontramos a Somos Um.


Chegando lá, foi uma explosão criativa de conhecimento e com muitas outras novidades acontecendo e sendo trazidas para casa. Victor gostava de “trabalhar” com os materiais e dava o seu máximo, sem ser interrompido, sem perder o “flow” em que ele entrava em cada uma das atividades.


A evolução dele a cada mês foi nítida, se tornou uma criança super curiosa, observadora, detalhista, com vontade de aprendizado infinita.


 Quando ele se “formou”, aos seis anos, retornou novamente para uma escola tradicional. Senti que ele teve mais facilidade de aprendizagem em relação ao que era passado pelo professor, sempre apresentando as melhores notas da classe.


A base Montessori foi fundamental para o crescimento dele sem bloqueios criativos e de aprendizagem. E isso é o mais fascinante nessa metodologia”. André Silva, pai do Victor.


Quer conhecer como a Escola Montessori Somos Um Piracicaba pode ajudar no desenvolvimento de seus filhos? Agende uma visita clicando aqui.

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