Adaptação ou acolhida? Chegou a hora de ir para a escola
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- 25 de jan. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 28 de abr. de 2023
Por: Milena Tutumi
Após a escolha, chegou o momento da criança ir para a escola e das famílias transitarem a essa nova rotina. E é também mais uma daquelas situações que podem vir carregadas de dúvidas e inseguranças. Mas será que existe alguma regra para apoiar os familiares e para fazer com que essa novidade seja a mais bem sucedida possível, confortável e sem traumas para as crianças? Saiba como acontece a adaptação escolar na Escola Montessori Somos Um Piracicaba.


“Para entendermos um pouco a experiência de uma criança em uma escola, precisamos aceitar que é um momento marcante que requer muito cuidado e atenção dos adultos envolvidos (educadores e família)”, destaca Letícia Terbick Cisotto, Psicopedagoga e Diretora Pedagógica da Escola Montessori Somos Um. Quando ocorre a transição do convívio restrito com a família para um ambiente diferente onde há interação com outras crianças e adultos, as famílias devem mostrar segurança para a criança.
Família segura, criança segura
Primeiramente, é importante conhecer a filosofia e a metodologia que envolvem a rotina da criança. Letícia explica que quanto mais a família demonstrar segurança para a criança quanto à escolha da escola, mais rápido ela se sentirá bem nesse novo ambiente. Nesse período, é normal que os pais também se sintam fragilizados, mas a Diretora aconselha: “Pais devem evitar chorar ou demonstrar qualquer sentimento no momento da separação que possa levar a criança a pensar que a escola é um ambiente hostil. Essa segurança precisa ser demonstrada pelas palavras, expressões e atitudes”.
Na Escola Somos Um, o início é acompanhado pelo acolhimento. “Não usamos a palavra adaptação por entendermos que a criança não precisa modificar algo nela para se adaptar. Trabalhamos para ela entender que será acolhida sendo aceita e respeitada como ela é”, comenta Letícia. Embasada por uma dinâmica pedagógica em que as crianças não estão sempre em função e à disposição das definições do adulto, a escola reconhece no educador o papel em se conectar com a criança, conhecer suas brincadeiras preferidas, seu horário de sono, suas expressões faciais. Os educadores conversam sobre seus sentimentos e mostram a rotina, ajudando=a no desenvolvimento da autoconfiança para enfrentar essa nova situação.
Para Letícia, o acolhimento é muito mais complexo: “Não podemos afirmar que uma criança esteja adaptada pelo fato de não mais chorar ao entrar na escola. Muito mais que uma adaptação, é preciso garantir o acolhimento envolvendo atenção especial, proteção, afetividade, carinho e percepção dos sentimentos”. O acolhimento inicial, o olhar e a escuta devem estar sempre presentes.


Escola e família: parceria de sucesso!
Não há como precisar um tempo exato para que esse processo seja concluído, mas para aquelas crianças que já possuem um grau de autonomia em casa, recebem a disciplina positiva e conseguem sentir a segurança dos pais na escolha da escola, a adaptação é mais rápida, de acordo com a experiência da Diretora. Uma explicação para isso é que nesses casos há uma conexão mais fluida com os educadores e colegas, com a exploração dos ambientes e uma facilidade maior na comunicação das necessidades. Assim que compreendem que suas necessidades (emocionais, físicas e cognitivas) são atendidas, as crianças se sentem pertencentes ao espaço.
Os familiares também precisam entender que determinadas situações podem desencadear retrocessos nessas vivências, como no caso da chegada de um irmão, problemas familiares, após as férias ou mesmo após períodos como esses em que estamos vivenciando por conta da pandemia.
Como Leticia citou anteriormente, o ingresso em um novo ambiente é um processo que merece a atenção de todos os adultos envolvidos.
É importante que os educadores estejam atentos às reações das crianças e de seus familiares, disponíveis para construir novos vínculos e preparados para acolher toda a gama de sentimentos que este processo pode aflorar. A atuação conjunta da família e da escola é um grande fator para o sucesso nessa nova fase.
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